
Interação dos pais com os portadores de Síndrome de Down
A manifestação da sexualidade entre adolescentes com Sídrome de Down.
Introdução:
A fase da adolescência possui algumas características como o conflito, inquietações e mudanças. Um ponto que se destaca nesse período é o interesse que estes jovens começam a nutrir pelo sexo e, conseqüentemente, a ocorrência das primeiras experiências sexuais. Nesse momento os adolescentes percebem que estão deixando a fase infantil para trás e os pais notam o desenvolvimento dos filhos. Nossa pesquisa se dedica a investigar se os adolescentes portadores da síndrome de Down – e seus pais (familiares) - têm percepção sobre a sua sexualidade.
Objetivos:
Geral
Conhecer a percepção que os familiares e os portadores da síndrome de Down possuem de sua sexualidade na fase da adolescência.
Específicos
1- Verificar se ocorre a manifestação sexual entre os adolescentes com a síndrome de Down;
2- Descobrir se os adolescentes com a síndrome de Down reconhecem sua sexualidade;
3- Observar como os pais (ou familiares) lidam com os aspectos sexuais, caso presentes, na vida dos adolescentes afetados.
Justificativa:
A escolha pelo tema desta pesquisa ocorreu devido ao interesse do grupo em investigar sobre a síndrome de Down e suas particularidades. A abordagem da doença a partir da sexualidade é uma forma de o grupo conhecer e divulgar os aspectos comportamentais ligados a essa esfera da vida humana.
Metodologia:
A pesquisa será bibliográfica. Serão utilizadas técnicas de leitura de artigos sobre o tema na internet – um instrumento que acrescenta diversidade na pesquisa e é de fácil acesso aos integrantes do projeto.
Cronograma:
Pesquisa e leitura da resenha literária................................................mês 08/09/10 e11
Estudo da bibliografia........................................................................mês 08/09/10 e 11
Análise dos dados..............................................................................mês 11
Redação da resenha...........................................................................mês 11
Entrega..............................................................................................mês 11
Referência Bibliográfica:
Wikipédia. Pesquisa. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa. Extraído em 20/11/2009.
Materia divulgada pelo Ministério da Saúde sobre a sindrome aproveitem mais a leitura acessando o link acima.
Atores, pais e membros da organização não-governamental Instituto Meta Social reuniram-se na tarde desta quarta-feira, 21, com técnicos do MEC e com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a fim de despertar a atenção da sociedade para a inclusão de pessoas com síndrome de Down nas escolas.
Em relato pessoal e emocionado, o ator Rafael Almeida ratificou as palavras do ministro, ao contar como sua vida mudou depois de estudar com colegas especiais, numa escola pública, durante a adolescência.
fonte: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7836&catid=205
Cariotipo: 47,xx,+21 Este é um exemplo da Sindrome de Down, uma anomalia frequente nos recem nascidos. Se caracteriza por um cromossoma 21 extra. 47: é o numero total de cromossomas (46 é o normal) xx: os cromossomas sexuais femininos. +21: indica que o cromossoma extra é o 21.
Caros, uma pesquisa realizada por Flávia Cibele A. de Souza e Rosane M. Ramos, em 2002, no Pará, traz informações interessantes:
“Quando se considera o adolescente com Síndrome de DOWN, a expectativa de que venha a ser independente é diferente. Neste caso, nota-se que a tendência dos pais e da sociedade é de considerá-los como “eternas crianças”. Ainda hoje, em muitos segmentos sociais e profissionais, não se considera a possibilidade de um desenvolvimento que leve à manifestação de desejos de independência e participação. Onde muitas vezes, a atitude dos pais é ambígua porque, embora
percebam as modificações que ocorrem no filho, é difícil definir até que ponto ele poderá assumir uma vivência afetiva e sexual independente. Com isso, dificilmente os pais contribuem para desenvolver em seus filhos deficientes o sentido de independência e responsabilidade. Além disso, as circunstâncias sociais não favorecem a independência do deficiente e, na maioria das vezes, ele não encontra formas saudáveis de satisfazer seus impulsos. RRaamooss && SSoouuzz AA
Entretanto, já se sabe que na Síndrome de DOWN há diferenças no desenvolvimento sexual masculino e feminino. Em relação ao sexo feminino, a fertilidade está suficientemente comprovada, pois há vários casos de reprodução em mulheres portadoras da Síndrome. Ao contrário, muitas controvérsias ainda envolvem o funcionamento sexual masculino. ( ROCHA 2002 )
O início da puberdade ocorre por volta dos 13 anos e aos 17 anos o desenvolvimento sexual tende a estar completo. As características sexuais secundárias desenvolvem-se gradativamente com o avanço da idade, isto é, aos poucos aparecem os pêlos púbicos, axilares e faciais. (citado por ROCHA 2002 )
O desenvolvimento do pênis e dos testículos foi estudado e, neste aspecto, as informações são mais contraditórias: enquanto alguns afirmam não haver diferenças significativas, outros afirmam que a genitália (órgãos sexuais) tende a ser menos desenvolvida quanto às medidas do pênis e volume dos testículos. Já no desenvolvimento sexual feminino raramente tem sido observada alteração no desenvolvimento dos órgãos genital externos das portadoras da Síndrome de DOWN. ( ROCHA 2002 )
As informações em relação à menarca (primeira menstruação) são contraditórias, mas, no geral, situa-se entre os 11 e 13 anos.
Quanto ao comportamento sexual, geralmente há interesse no sexo oposto, porém isso ocorre de forma passiva, a aproximação é infantilizada e raramente há tentativa de relacionamento heterossexual propriamente dito.
É necessário dar-lhes a condição para compreender os riscos de um comportamento inadequado e a questão sexual de uma forma geral. O anticoncepcional só é necessário quando a portadora da Síndrome de Down geralmente não é exacerbada, mas se houver possibilidade de vida sexual ativa todas as suas implicações devem ser consideradas.
Como a personalidade e a manifestação sexual variam muito nos portadores da Síndrome, é importante que cada família administre a situação de acordo com seus próprios padrões morais. Quanto mais natural for a reação dos pais diante do comportamento e curiosidade sexual da criança, maior será a possibilidade de desenvolvimento sem choques.
Em relação ao desenvolvimento das adolescentes nota-se que, quando elas mantém um relacionamento próprio com a mãe e irmãs, a menstruação não é assustadora e, a partir do que ela já conhecia consegue cuidar de sua própria situação. Algumas adolescentes podem apresentar dificuldade com a higiene nos períodos menstruais, devido a sua falta de habilidade em geral, mas pode-se dizer que cerca de 75% não tem problemas neste aspecto.
Em cada uma das etapas do desenvolvimento, a criança mostrará desejos e maneiras diferentes de se relacionar. O nível de deficiência mental influirá nessas manifestações, pois faz com que a pessoa tenha diferentes níveis de elaboração de suas experiências, desejos e relacionamentos.
Basicamente, pessoas jovens com Síndrome de DOWN querem e precisam do mesmo que jovens não deficientes querem e precisam como: um amigo, alguém com quem falar, com quem compartilhar coisas importantes; certa dose de calor, alguém para tocar, alguém que através de um gesto diga “gosto de você”; aprovação, alguma mensagem de outras pessoas que lhe digam “você é legal”. Afeição, amor e um sentimento de que são amados. Isto não quer dizer necessariamente sexo; dignidade, alguma comunicação por parte de terceiros dizendo que são pessoas de valor. Formas de “vazão” social, afim de evitar solidão. Satisfação sexual, a necessidade biológica de contato sexual e estimulação.”
Fonte: http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/INTERVENCAO_PAIS_RELACAO_DESENVOLVIMENTO_SEXUALIDADE.PDF